Distritos de Iotta, Mancino e Ghiandaro

Distrito de Iotta, Mancino e Ghiandaro

Essas são pequenas contradas (distritos) vizinhas, a cerca de 5 km de San Marco. Iotta foi onde os dois irmãos Giuseppe e Nicola se estabeleceram vindos da vizinha Ioggi, em Santa Caterina Albanese, no final da década de 1860. Suas terras pertenciam ao proprietário Don Luigi Valentoni, mas sujeitas a uso público desde 1819 (ou seja, desmembradas e disponibilizadas para quem pudesse adquiri-las). Em 1863, houve um sorteio e as terras de Iotta e Mattina foram divididas entre 21 famílias. Das citadas abaixo, somente Cipolla estava entre elas, o que é algo curioso, pois era de se esperar que esses sorteados se assentassem na localidade. Isso pode se explicar pelas mudanças ocorridas com o tempo, através de cessões, abandonos, entre outros.

Estes são os sobrenomes que foram registrados lá a partir da segunda metade do século XIX: Ambrosio, Bianco, Bruno, Cipolla, Crivella, Esposito, Gallo, Gualano, Intrieri, Martellotta, Mazzei, Onorato, Petrasso, Picarelli, Porto, Potente, Russo, Spaccarotella, Sperlongo ou Sperlungo, Stummo, Turano, Vizza, Vuoto, Zarrelli, Zavatto. As famílias Ambrosio, Russo e Zavatto formaram família com os Martellotta. Naquela época, os casamentos muitas vezes eram “arranjados” pelos pais, assim que a mulher já tivesse condições de parir. As famílias combinavam entre si, por isso alguém da família da mãe do marido poderia vir a se casar com o irmão da esposa, por exemplo. 

Já Mancino foi onde meu bisavô Vincenzo se estabeleceu após o primeiro casamento, próximo a Iotta. Quando a primeira esposa faleceu, já viviam em Ghiandaro, um pouco depois e escassamente povoado na época. Lá havia nascido Rosa, a segunda esposa. Ficaram ali até emigrarem em definitivo para a América do Sul (embora Vincenzo tenha estado nos EUA boa parte desse tempo). As terras de Ghiandaro e Stamile pertenciam a Família La Regina, o que indica que podem ter sido colonos ou meeiros (dividiam os ganhos). A casa de campo dessa família ainda existe em ruínas, onde muitas vezes traziam convidados. Era uma família de alto escalão, não nobre, mas rica certamente. As casas dos colonos ou camponeses eram na maior parte com tijolos de terra misturados com resíduos vegetais cozidos ao sol. A grande maioria já não existe hoje. As terras passaram a ser de uso cívico (público) apenas na década de 1930.

Obs: Há Martellotta registrado no século XIX também em apenas mais um distrito: Sagramento, onde Carlo se fixou. Esse lugar não foi localizado no Google Maps, ou seja, deve ter mudado de nome. Já Martillota encontramos em Valentoni, Scarniglia e Testoli (apenas Scarniglia foi localizado).